Retina Desgastada
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29 de novembro de 2008

Jogando: Gothic 3 (parte 4) – Cara, Cadê a História Que Estava Aqui?

Torre de Xardas Encontrei Xardas. Quando eu achava que nada poderia ser mais frustrante que o encontro com o Rei Rhobar, eis que eu encontro o Necromante Xardas, figura enigmática desde o primeiro jogo da série. Sua torre tem apenas dois aposentos agora, ao contrário do exagero das edições anteriores. E foi-se também o servo demoníaco, substituído por um simplório esqueleto que varre a casa. Xardas não é mais o mesmo.

Neste ponto, Gothic 3, dá uma guinada... de 360 graus. Xardas não troca mais do que três frases com o Herói Sem Nome. Ele não explica como ou porque está ajudando os Orcs a massacrarem a raça humana. Ele não explica sobre sua ambígua aliança com o Clã do Lobo. Ele não explica os seus atos no final de Gothic 2. Ele não diz "oi, como tem passado?", ainda  que o protagonista da saga tenha sido seu eficiente títere desde o começo. Xardas não diz nada.

Aliás, antes ele nada dissesse de fato. Ele "revela" que há grandes forças em andamento e que precisa de cinco Artefatos místicos antes de poder entrar em "detalhes". Naturalmente, são os mesmos Artefatos místicos dos quais eu tenho ouvido falar desde quatro semanas atrás. Os mesmos cinco Artefatos dos quais eu até já tenho dois. Xardas me manda de volta para o mundo, mundo, vasto mundo. Afinal, Gothic 3 é isto: um imenso mapa vazio de sentido.

Gothic 3Retornei ao Rei Rhobar para informar os "planos" de Xardas. Sua majestade me dá outro tapinha nas costas e diz para eu voltar quando tiver mais informações.

A esta altura do campeonato, eu liberto a última cidade de Myrtana do domínio dos Orcs. Na base da violência mesmo. Artefatos, Cálices, Xardas, Paladinos? Estou cansado de esperar ajuda, de esperar que o jogo engrene. Passei a espada em todos os Orcs de todas as cidades e libertei o Reino.

Voltei ao Rei. "Myrtana está livre!", eu disse. "Parabéns! Glória ao Escolhido", ele respondeu. E fim.

Não. Não é o fim de Gothic 3. Espera-se que o Herói Sem Nome ainda vague mais um pouco pelo gigantesco mapa, encontre os últimos Artefatos, os Cálices etc e etc. Espera-se que algumas patrulhas Orcs isoladas ainda apareçam no caminho ou que os Hashishin do deserto recebam um pouco de vingança pelos crimes cometidos durante a invasão. Eu não espero mais nada. No nível 50, com um equipamento mais do que satisfatório, mais moedas de ouro do que seria possível gastar e milhares de inimigos derrotados atrás de mim, nada disso mais importa ou tem a menor graça.

Ouvindo: Camouflage - That Smiling Face

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