Retina Desgastada
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21 de março de 2010

Jogando: Burnout Paradise (conclusão)

Tão rápido quanto o próprio jogo, eu consegui alcançar o "fim" de Burnout Paradise dois dias depois de começar minha análise. Volto a afirmar que deveria tê-lo analisado antes...

Aos 53% de cumprir todos os objetivos imagináveis do título, sou premiado com a carteira de habilitação Burnout e vejo os créditos subindo na tela. Eu, que estava apreensivo sobre ficar eternamente aprisionado a um jogo sem fim ou roteiro, aproveito a oportunidade dada pelos desenvolvedores e considero encerrada minha jornada por Paradise City. Os fãs que me desculpem, mas não vou gastar o resto do meu mês procurando billboards para esmagar ou colecionando carros que são muito parecidos uns com o outros.

Pontos positivos de Burnout Paradise: um espetáculo gráfico até os mínimos detalhes, trilha sonora variada, física voltada para a diversão, liberdade total para fazer (quase) tudo. Pontos negativos de Burnout Paradise: estrutura narrativa nula, falta de objetividade, falta de criatividade ou identidade visual nos cenários, falsa variedade de opções que só entretém por algumas horas. Nota final: 7.5.

Depenando a Carcaça?

Aproveitando o ensejo, por que não completar o post saqueando o cadáver? Uma das características mais marcantes do jogo é sua trilha sonora quase tão ampla quanto a de um GTA, com dezenas de músicas licenciadas e faixas extraídas de outros Burnouts para satisfazer os saudosistas. Por que não guardar este material para posteridade, para escutar fora do jogo, talvez até em um passeio por uma estrada de verdade (desde que você não se empolgue e exceda o limite de velocidade!)?

Os arquivos de música e efeitos sonoros do jogo, na versão do Steam, estão localizados em \Steam\steamapps\common\burnout(tm) paradise the ultimate box\SOUND\STREAMS. Todos expostos com a extensão .SNS, o que não ajuda em nada. Afinal, a EA Games não poderia entregar músicas de Faith No More, Avril Lavigne ou mesmo Mozart assim de bandeja para quem quiser. Por isso, o formato, um tipo de compressão que guarda a maior parte do áudio em .SNS, mas preserva os headers do arquivo em outro documento, .BUNDLE. Está ficando complicado? Pois saiba que, em dois anos, ninguém do fórum da Xentax, desenvolvedora do famoso MultiEx Commander, conseguiu ainda fazer algo de útil com esses arquivos.

Teria, então, a EA Games pelo menos liberado o acesso aos arquivos de vídeo do jogo? Na pasta \VIDEOS\ você encontra 6 documentos com a exótica extensão .VP6. Que não roda em nada conhecido pelo homem, exceto o próprio Burnout Paradise. ATUALIZAÇÃO (24/04/2010): Existem programas capazes de executar e converter arquivos no formato .VP6. Confira os detalhes em: "Saqueando o Cadáver: Dead Space".

Conclusão: Burnout Paradise parte em direção ao horizonte, sem deixar rastros ou lembranças permanentes.

burnout-paradise Ouvindo: Poesie Noire - No Beach

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